Variedades

A vida

Por Ruiz

Já nem lembro se já escrevi sobre isso. Mas estou me sentindo muito introspectivo e pensei que deveria compartilhar com vocês.

Ontem fui visitar o “dr.”, e falei sobre as minhas ansiedades, medos e frustrações. Falando sobre mim mesmo, percebi o quanto estou administrando mal a minha própria vida. São jornadas de 18 horas diárias, quilômetros e quilômetros rodados e, apesar de estar cercado de muita gente o tempo todo, sinto uma certa solidão e melancolia.

Foi quando o médico me perguntou sobre o que eu estou fazendo comigo mesmo. Me queixei que 4 horas de sono não estavam sendo sucificientes, que eu precisaria voltar a dormir pouco. Reparei que há anos eu não durmo mais que 5 horas por noite. Reparei que a vida moderna faz com que a gente precise estar em todos os lugares ao mesmo tempo. O smartphone é praticamente uma cela virtual, pois cada tremida do aparelho cria uma ansiedade mortal em saber o que estão querendo de mim. O problema é que não dá tempo de responder. Acordar é um exercício de saber se nenhuma programação mudou durante a noite – afinal, não sou eu o único nessa situação.

Buscamos liberdade, e nos fazemos cada vez mais presos. Buscamos estar mais presentes e acabamos quase sempre mais superficiais. Buscamos mais conforto, e temos menos horas de sono. Buscamos diversão e ficamos horas em filas – pois outros também buscam a mesma coisa.

E a vida vai passando. Sem perceber, pessoas que são importantes na nossa vida envelhecem, adoecem… E nós que temos a juventude em nosso favor, não conseguimos estar presentes junto às pessoas que são realmente importante para nós. Por uma fatalidade, tive que parar e pensar como seria minha vida se ela fosse encurtada em 15 anos. Se pessoas próximas e queridas morressem inesperadamente? Não podem imaginar a velocidade do meu pensamento agora!

A certeza que tenho da vida é que eu tenho algumas perguntas a responder. Ainda não consegui essas respostas. Lembro de já ter feito essas perguntas aqui: “Já fiz tudo que eu queria?”, “Há algo que falta fazer?” ou “Eu fui verdadeiramente feliz em algum momento?”. Sei que são perguntas um pouco egoístas, mas em algum momento da vida, temos que nos entender, até para convivermos melhor com nós mesmos.

Beijos,
Ruiz

9 thoughts on “A vida

    • Oi Thá,

      Obrigado pelo carinho!
      A vida é o que temos de mais precioso mesmo. Há uma grande diferença entre ‘viver’ e ‘existir’. Acho que é bem isso que você disse.

      Beijos,

      Ruiz

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  • Verônica

    Fico muito sentida quando as pessoas que aprecio se sentem assim. Não sei se por que sou uma otimista inveterada e vejo a vida de um prisma que nem todos conseguem ver, me entristece quando vejo que a tristeza e a melancolia tomam conta de muitos corações.
    Não sei o que dizer, aliás poderia dizer muito, mas nesta hora acho que o melhor é calar e virtualmente oferecer o ombro amigo…

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    • Verônica,

      Algumas pessoas trazem conforto pra gente mesmo sem dizer nada. Acho que a sua simples visita à minha mesa hoje já me trouxe um grande bem-estar! Me sinto feliz e privilegiado em ter verdadeiros amigos por perto!

      Obrigado pela força de sempre!

      Beijo,

      Ruiz

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    • Oi Jani,

      Obrigado pelo carinho!! 🙂

      Beijos,

      Ruiz

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  • Ruizzzzzzzzzz,

    VOu falar de novo adoro seus textos .. a vida é uma incognita tem muitas coisas a serem desvendadas, e mesmo assim ela passa num piscar de olhos .. bjs

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    • Olá Isa!

      Obrigado mais uma vez pelo carinho!

      Realmente… a vida é uma jornada que não sabemos exatamente como vai acabar. E ela está passando bem rápido!!

      Beijos,

      Ruiz

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  • Outro dia no cinema vi um homem com a mulher “assistindo” ao filme ao meu lado, entre aspas porque ele estava lá somente de corpo presente, não parava de trabalhar no smartphone. Retratava bem esta situação, superficial!
    Ruiz, sempre é tempo para recomeçar e ser feliz! A vida é uma aventura, não deixe que ela passe em branco! Não há 2 vidas, somente uma e não há um rascunho…
    Adorei seu texto! Obrigada por compartilhar!
    Grande abraço, Ana

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