Variedades

Sobre o tempo

Por Paula Freitas

Hello people, tudo bem?

O tempo está voando, já estamos no segundo semestre de 2012 e parece que ontem mesmo foi Natal, né?  Isso faz pensar em como e com o que temos gastado nosso tempo, já pararam pra fazer este balanço?

Hoje em dia o volume de informações que recebemos é tao grande e tão dinâmico que em um único dia surgem novidades ao passo que muitas outras coisas caem no estado obsoleto quase que instantaneamente, e no afã de acompanhar tudo isso às vezes acabamos desviando o foco das coisas que realmente são importantes em nossa vida.

Pode ser os estudos, o trabalho, aquela planilha chata que precisamos fazer, a organização da casa que vai sendo adiada e quando vemos estamos antenados nos últimos acontecimentos virtuais e com a nossa vida real em um estado perfeito de caos.

Será que vale a pena tudo isso? Até quando vamos dar mais atenção ao virtual e ao abstrato do que ao que acontece a nossa volta, das pessoas que realmente nos importam e que também se importam com a gente, pra ficar vivendo uma realidade inventada? Sei que isso soa um tanto quanto filosófico, mas é algo que me peguei pensando esses dias e queria compartilhar até pra saber da opinião de vocês a respeito… e então o que vocês acham?

Me lembrei agora de um poema de Mário Quintana, que transcrevo abaixo:

O tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Mário Quintana

Fica aqui uma reflexão, sobre como estamos usando nosso tempo, que como citado lindamente neste poema, não volta mais!

Eu quero viver o hoje de forma produtiva, prestar mais atenção aos acontecimentos, dar mais valor as amizades verdadeiras e me perdoar pelos equívocos, pois por mais que tentemos nunca vamos conseguir agradar a todos. Sabemos das nossas intenções e do que vai em nosso coração. Bora tentar mostrar ao mundo que nada é tão ruim quanto parece e que por pior que pareça a experiência, ela sempre trará algo de bom 🙂

Deixo aqui pra vocês um vídeo de uma música do Pato Fú, que inspirou o título deste post, espero que gostem!

Beijos poéticos,

Paula

6 thoughts on “Sobre o tempo

  • Rochael Leandro

    Ótimo post! Acho que hoje em dia as pessoas gastam mais tempo tentando demonstrar que são felizes do que realmente sendo.
    Numa época em que a imagem vale mais do que a realidade, lermos sobre “amizades verdadeiras”, “nunca … conseguir agradar a todos” e “do que vai em nosso coração” e de fato muito importante.
    Rever prioridades e descobrir o que realmente importa é o que faz valer o tempo gasto.

    Vlw Paulika!

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    • Obrigada pelo comentário 🙂
      Me lembrou algo que li outro dia, não precisamos tirar ninguém das nossas vidas, basta rever prioridades e inverter as posições.
      Feliz que tenha passado por aqui. Venha sempre!
      Bjs

      Resposta
  • Pior que o tempo passou voando e eu não fiz muitas coisas que devia ter feito.
    Focamos muito mesmo nesse mundo virtual e às vezes esquecemos do mundo real.

    bjOos

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  • amanda barone

    Seu post me fez lembrar desse trecho do Monteiro Lobato:

    “– A vida, senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem pára de piscar chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos – viver é isso. É um dorme e acorda, dorme e acorda, até que dorme e não acorda mais […] A vida das gentes neste mundo, senhor Sabugo, é isso. Um rosário de piscados. Cada pisco é um dia. Pisca e mama, pisca e brinca, pisca e estuda, pisca e ama, pisca e cria filhos, pisca e geme os reumatismos, e por fim pisca pela última vez e morre. – E depois que morre?, perguntou o Visconde. – Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?”

    Beijos 🙂

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  • Que texto maravilhoso! Outro dia estava lendo um estudo sobre esta rapidez com que o tempo vem passando, e dizia lá para tentarmos nos surpreender e sair da rotina todos os dias. E assim o tempo mesmo que rápido se torna mais gostoso e duradouro!!

    Beijokas!
    maniadeguria.com.br

    Resposta

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